Cuidado e amor ao próximo

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No mês dos médicos, saiba como é a formação desse profissional essencial em nossas vidas

“Curar quando possível; aliviar quando necessário; consolar sempre”, a frase atribuída ao pai da medicina, Hipócrates, traduz a essência da profi ssão que cuida da nossa saúde. Em 18 de outubro, celebramos o Dia do Médico, mas como é a faculdade desse profi ssional e quais os passos para se tornar um(a) médico(a)?

De acordo com o Conselho Federal de Medicina, o Brasil possui 353 faculdades de medicina, sendo que 173 delas foram abertas entre 2011 e 2021. Uma delas foi o primeiro curso de medicina de Lavras, com início em 2015. A graduação integra a Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Lavras (FCS/UFLA). Assim como em outras universidades, o curso de Medicina da UFLA possui duração de seis anos (12 semestres).

Com o objetivo de formar um profissional capaz de realizar diagnósticos e tratamentos de doenças humanas, além de promover a saúde individual e comunitária, o curso de Medicina envolve muito estudo e dedicação. “São seis anos de duração, sendo que nos dois últimos são feitos os internatos médicos obrigatórios, seguindo as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Educação nas áreas de Ginecologia-Obstetrícia, Pediatria, Clínica Médica, Cirurgia, Medicina da Família e Comunidade, Saúde Coletiva, Saúde Mental, Urgência e Emergência”, explica a coordenadora do curso de Medicina da FCS/UFLA, Míriam Monteiro de Castro Graciano. Na UFLA, desde o primeiro período do curso, o estudante de Medicina começa a ter contato com a comunidade.

“Nos três primeiros períodos, ele atua de forma preventiva e a partir do quarto período começa a praticar o atendimento clínico e realizar procedimentos cirúrgicos, se aprofundando até completar sua formação”, diz Míriam. Para a comunidade, um curso de Medicina na cidade traz muitos benefícios. “O curso de Medicina da UFLA atende à comunidade de vários modos, primeiro porque o nosso estudante está inserido no serviço de saúde desde o primeiro período, como disciplina obrigatória, temos docentes da área da saúde supervisionando os estudantes e fazendo a assistência à saúde da população em várias localidades, como nos Postos de Saúde da Família (PSF’s), Unidade de Pronto Atendimento (UPA), hospitais e Ambulatório de Especialidades da Faculdade de Ciências da Saúde da UFLA (AME), que fica no centro histórico”, esclarece a coordenadora.

Em construção no bairro Jardim Glória, o Hospital Universitário será um importante elo entre a teoria e a prática. Planejado para oferecer atendimento humanizado 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o empreendimento possui três pavimentos e contará com 101 leitos, sendo 10 de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e 23 consultórios. Além do atendimento em Lavras, os estudantes de Medicina da UFLA já atuam nas cidades de Ijaci, Ribeirão Vermelho, Nepomuceno, Perdões, Santo Antônio do Amparo e São Sebastião do Paraíso.

Um olhar diferente sobre o outro

Se para alguns, a medicina é uma vocação, para outros, é apenas uma profissão como qualquer outra, mas com um grande diferencial, o zelo. “É a profissão do cuidado. Estamos o tempo todo lidando com a dor, o sofrimento, a angústia de pacientes e familiares e nem sempre temos a cura para entregar, mas conforto sim”, comenta Miriam.

O estudante do 6º período de Medicina da UFLA, Rodrigo Braga Lopes, conta que sua escolha pelo curso foi pela afinidade com a área. “Sempre gostei de Biologia e de lidar com pessoas, sou o primeiro da minha família a fazer o curso”, diz. Já o lavrense Thadeu Antônio, do 9º período, diz que fazer o curso foi um sonho que começou cedo, o filho do “Tonho da Funerária”, o jovem também é o primeiro da família a seguir a carreira médica. “A minha escolha por essa profissão se deu ainda na adolescência, quando tive contato com a Medicina Legal através de pacientes (cadáveres) e médicos, por conta do meu pai. Na ocasião, não tive a oportunidade de cursar medicina e, por isso, me graduei em Biomedicina na UNIS, em Varginha. Durante essa primeira graduação, trabalhei como agente comunitário de saúde no PSF, onde percebi que poderia contribuir com os pacientes, além da minha função. Em 2016, quando eu estava encerrando a graduação de Biomedicina, iniciou o curso de Medicina na UFLA, onde decidi me ingressar. Eu escolhi a UFLA por sua reputação, o curso está em franca evolução, um corpo docente competente e vai melhorar em termos de estrutura nos próximos anos”, enfatiza.