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Os pegues e pagues da vida

Nomes que ajudaram a construir a respeitabilidade do comércio varejista lavrense vivem na memória de muitos

Texto: Marco Aurélio Bissoli

A história econômica de Lavras deve muito ao seu comércio varejista. Um setor que cresce a cada ano, fazendo da cidade uma referência na região para quem procura pela oferta de serviços. 

É como se essa trajetória pudesse ser contada através dos balcões das lojas. Procuramos aqui tecer um pequeno fio que nos levasse ao passado, a fim de reencontrar o futuro.

Comecemos pelo saudoso e emblemático casarão do Salvador Zagotta, localizado na Praça Dr. Jorge. Construído em 1922, o sobrado de dois andares tinha em seus cômodos paredes pintadas pelo artista alemão Otto Michalick.

Na parte de baixo do casarão funcionava um empório, “O Barateiro”, onde Salvador Zagotta comercializava seus produtos. Era uma época em que se usava uma caderneta para anotar as compras do mês. O cliente pagava quando e como podia. 

Anos depois, quem comandou o comércio foi o empresário José Atila Ribeiro, popularmente conhecido como “Zé Canarinho”, umas das figuras lendárias da zona norte da cidade. 

casarão do Salvador Zagotta.
O emblemático casarão do Salvador Zagotta.

Entre os anos de 1950 e 1960, Lavras chegou a possuir uma fábrica de refrigerantes. A marca foi criada pelo lavrense Túlio Pádua. O refrigerante “Tujane” teve seu nome escolhido através de um concurso. Outro produto que marcou época foi o tônico capilar “Dai-Nata”, que foi sucesso entre muitos consumidores. 

The end 

Foram muitas as lojas que fizeram história na cidade desde então, como a Casa Bianquini, Casa Juca Procópio, Demacol, Mobiliária Aliança, Bar do Ponto e Expedito Modas. Isso para citar apenas algumas delas. 

Foram gigantes que deixaram de existir pelos mais variados motivos, mas que marcaram gerações de consumidores. O caso mais recente foi a Império das Casimiras, uma das lojas mais antigas em atividade da cidade. 

Sr. Salvador Zagotta e sua esposa, Rosa.
Sr. Salvador Zagotta e sua esposa, Rosa.

Ela funcionou por 70 anos, completados no ano passado. Por trás deste sucesso, está o empresário Mário Botelho, 95 anos, que fundou a marca em 1952. O primeiro endereço da loja foi na rua Santana.  Então localizada na Praça Dr. Augusto Silva, a loja ficou conhecida pela elegância de suas camisas, calças e acessórios. 

Mário Botelho afirmou em entrevista que “chegou a hora de parar” e que, após tantos anos de trabalho no comércio varejista, o sentimento é de vitória. O legado da loja pode ser traduzido pelas centenas de clientes fiéis e os mais de 60 colaboradores que ali trabalharam. 

A loja ficará no coração dos lavrenses como uma marca sinônimo de trabalho, empenho e dedicação. Assim como tantas outras que o futuro reconhecerá. 

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