O auditório Martha Roberts (Karlota Kemper), no Instituto Presbiteriano Gammon, foi palco de uma apresentação memorável do Quarteto Atlântico na noite deste sábado (8), em Lavras. Formado por Ivan Scheinvar (violino), Thiago Teixeira (violino), Luiz Felipe Ferreira (viola), Bruno Valente (violoncelo), o grupo mostrou todo seu virtuosismo e talento artístico para uma plateia atenta.
O repertório apresentou obras de Carlos Gomes, Beethoven, Heitor Villa Lobos, Felix Mendelssohn e Astor Piazzola A apresentação consolida a proposta do “Sonâncias e Ressonâncias – Uma Ponte Poética entre o Rio de Janeiro e o Campo das Vertentes”, projeto promovido Confraria Azul, instituição que realiza encontros entre o público e o que há de lírico, poético e filosófico nas artes nacionais.
A curadoria do concerto ficou a cargo de Dea Backeuser, Rômulo Pizzolante e Silvia Diniz. A iniciativa já havia brindado os lavrenses com a apresentação da cravista Rosana Lanzelotte em maio passado. O evento contou com o apoio da Associação Mineira de Cultura e Educação Patrimonial (AMCEP) e do Instituto Presbiteriano Gammom.
Após o concerto, aconteceu um coquetel, a cargo do Bountè Cerimonial e Eventos, na Mansão Jardim, com a presença do público e convidados. Pessoas presentes ao concerto, como a professora aposentada do Conservatório Estadual de Música de Varginha, Eldah Drummond, elogiou a iniciativa da Confraria Nota Azul. “É um deleite poder degustar esse tipo de música de concerto. Agora podemos ter essa oportunidade”.
“É muito importante para a cidade receber esse tipo de proposta, pois ficamos muito tempo carentes desse tipo de evento. É de grande relevância a sua realização para criação de novos públicos para a música de câmara”, destacou a professora do Centro Musical Edgard Williams, Silvia Regina Pfeffer.
Rômulo Pizzolante destacou as iniciativas pedagógicas e culturais da Confraria Nota Azul para ajudar, via leis de incentivo, às entidades beneficentes. Ele anunciou também o projeto “Anfitriões e Anfitriãs”, que permitirá que pessoas físicas e jurídicas estabeleçam parcerias com a confraria.
“Queremos construir uma ponte com o público, que se dá por meio das sonâncias e dissonâncias, entre o igual e o diferente, e isso acontece através do silêncio. A Confraria Nota Azul cumpre mais uma vez a sua função de promover formas comunitárias educativas para promoção da arte”, finalizou Pizzolante.