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Realidade Autônoma

As inovações tecnológicas transformaram o dia a dia, tornando tudo mais prático, desde buscas rápidas com Inteligência Artificial até carros autônomos

Texto: Mayara Mesquita

Quando se fala em robótica, pode parecer que tudo é novidade e que essa tecnologia surgiu há poucas décadas. Mas você sabia que, desde a Antiguidade, a exemplo das invenções de Heron de Alexandria ou dos dispositivos robustos criados por Leonardo da Vinci no Renascimento, autômatos mecânicos já eram desenvolvidos? 

Desde as primeiras civilizações, o ser humano busca formas de facilitar o dia a dia, e essa prática se fortalece a cada ano. A robótica, um ramo da engenharia em constante evolução, consiste no projeto e construção de robôs. Sua versão mais moderna teve início na década de 1950, com a implementação de um robô industrial programável em uma fábrica de veículos automotores.

Os robôs são máquinas físicas (hardware) ou até mesmo virtuais (softwares), programadas para executar tarefas de forma autônoma ou semi-autônoma, ou seja, sem intervenção humana. Exemplos muito comuns e que provavelmente você já teve contato são a máquina de lavar roupas e os ChatBots em redes sociais ou centrais de telemarketing, capazes de interagir em tempo real com os usuários por meio de textos ou mensagens de voz.

A evolução da automação no setor automobilístico é notável. Inicialmente, os veículos dependiam totalmente da condução humana, mas com os avanços tecnológicos surgiram sistemas que permitem uma direção cada vez mais independente por meio do uso de sensores, câmeras e inteligência artificial. De acordo com Felipe Oliveira e Silva, professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e especialista no assunto, há cinco níveis de automação definidos por normas internacionais, como a Society of Automotive Engineers (SAE International).

Da Antiguidade à Inteligência Artificial: 
“A evolução da robótica e o futuro dos veículos autônomos prometem reduzir em até 90% os acidentes de trânsito e economizar bilhões anualmente”, afirma o professor Felipe.

No nível zero estão os carros sem automação, em que o motorista tem controle total do veículo o tempo todo, sendo os mais comuns de se ver no dia a dia. No nível 1, com assistência ao motorista, há algumas funções automatizadas, como o controle de cruzeiro adaptativo, mas o motorista ainda é responsável pela condução. Nos níveis 2 e 3, com automação parcial e condicional, respectivamente, o veículo pode controlar aceleração, frenagem e direção, por exemplo, em certas condições, mas o piloto deve estar atento para assumir a direção quando necessário.

Felipe Oliveira e Silva é Engenheiro de Controle e Automação, com láurea acadêmica (UNIFEI), Mestre pelo INSA CVL (França) e Doutor pelo ITA, com experiência internacional em pesquisa e docência. Atualmente, é Professor Adjunto na UFLA, Consultor Técnico e sócio da CEIFA, com atuação em navegação, robótica e agricultura de precisão.

O nível 4 possui alta automação. O carro pode operar sozinho em determinadas áreas sem intervenção humana, a exemplo dos táxis autônomos em algumas cidades do mundo. Já o nível 5 possui automação total, não necessita de um motorista humano e pode operar em qualquer condição, nem sequer há volantes e pedais neste caso.

Os veículos autônomos mais avançados hoje operam entre os níveis 2 e 4, mas a indústria continua realizando testes para atingir o nível 5 no futuro, já que, neste nível, ainda não há carros disponíveis comercialmente. Para Felipe, ainda demoraremos alguns anos para ver, em larga escala, carros totalmente autônomos nas ruas. “Apesar de termos tecnologia para isso, ainda há uma questão legal em torno do assunto. Por exemplo, em casos de acidentes, quem assumirá a responsabilidade? O dono do carro, o fabricante, um terceiro envolvido? Além disso, as cidades precisam ter uma boa estrutura para que esses veículos possam trafegar da forma mais segura possível”, comenta.

Apesar dos desafios, a adoção dos carros autônomos também pode trazer grandes benefícios, como a redução de acidentes causados por erro humano, maior acessibilidade para pessoas com deficiência e otimização do trânsito.

À medida que a sociedade avança, criam-se novas tecnologias para que novas demandas sejam atendidas, tornando a vida mais produtiva, segura e conectada, além de preparar o caminho para inovações que antes pareciam impossíveis.


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